Éééééé, é do Brasiiiiiiiiiiiiiillllllllll!
Olás.. cá estou atrasado com as postagens, mas tá foda a questão banda de internê africana viu. Fora a possilga do hotel que o wireless não funciona no bloco em que estou, coisas de Diguinho, aí tenho que ir lá na recepção, pegar uma quase neve no caminho, e voltar, ir e voltar. Fica meio estranho falar de um dia que já passou à dois dias, mas vou tentar lembrar de tudo o que aconteceu, o que não é meu forte, quase nunca!
Acordamos bem cedo, tomamos café no hotel, colocamos o bandeirão na traseira da van, e ficamos sabendo de um tal de Brazilian Grill, que seria point de aquecimento dos torcedores. Fica em Edenvale, uma região próxima, uns 40min. Arrumamos tudo, recarregamos o isopor com gelo, brejas de setenta e doze tipos, vodka, Black labels, Red Bull pra dar uma voada.. realmente acordar em dia de jogo do Brasil, já era tenso aí.. estando na Copa então.. acho que até o corpo se prepara pra absorver mais de tudo um pouco, até de álcool, acredita?
Chegamos lá, bateu uma fome mas seguramos, e tinha até feijoada, coisa de brazuca que veio pra cá e montou um negócio desses que mata a saudade, porque é muito longe e não parece ter sempre muito movimento. Mas praticamente é um bar esportivo, foco no futebas, fotos e camisas autografadas, entre outros. Chegamos tava rolando uma rodinha de samba marota, quase cheio, todo mundo de verde amarelo e tomando zuzu! Acabamos ficando por no máximo 2h, pois queríamo ir logo para o estádio tomar mais um pouquinho e nos prepararmos para a guerra.
Antes de sairmos, parou um carro cheio de brasileiros no estacionamento enquanto íamos em direção a van, e colocou no rádio narrações de gols das copas antigas, com cenas de Pelé, Zico e companhia. Paramos mais uns cinco minutos para não entender nada e só gritar GOLLLLLLLLLLLLLLL acompanhado o rádio do carro alugado que eles estavam, mas foi divertido que o povo que olhava a calanguisse ficava com aquela cara “Gol de quem meu Deus?”
Então partimos para o Soweto, pegamos um pouco de trânsito e entramos numa rua cheia dos flanelinhas, como se fosse aí. Paramos a van, e começamos a macaquice de se vestir, se pintar, beber o excesso, descarregar a água do joelho na cerca elétrica pra ver se dava choque, e daí começou a caminhada amigo.. O soccer city fica longe de tudo, tem que andar pracas ou então pegar uma fila gigante de ônibus que vão até a porta. Resultado, saímos andando com uma multidão por lugares de terra batida com asfalto passando em vias expressas, e do nada estávamos no meio de um poeirão. Comendo barro praticamente, nariz e vias aéreas ressecadas ao extremo, andamos uns 20 min de verdade, até chegarmos na porta do estádio. Tínhamos 4 ingressos CAT3 sobrando e já havíamos combinado de vender pra um amigo, porém já imaginávamos a dificuldade em encontrá-los no meio do recorde de público de quase 90 mil pessoas.
Esperamos por 1h no ponto de encontro e aí o nervo começou a bater pra entrar. Então chegamos um pouco mais pra frente e tinha um japonês descalço, de bermuda e camiseta zuadão, ajoelhado no chão tentando comprar um ingresso pelos 300 rands que ele tinha, sendo que devia tá valendo no mínimo uns 200 dólares. Esse foi o primeiro que recebeu a doação de um ingresso. Levantou, saiu pulando que nem um louco gritando Brasil e caiu pra dentro do estádio. Demos mais um pra outro amigo dele, e os dois que sobraram demos pra 2 meninos de no máximo 10-12 anos, africanos de baixa renda, e levamos eles pra dentro, e foi emocionante o tanto que eles agradeciam.
Meu celular tava uma bosta, e não consegui pegar tantas fotos, e até tirei uma com o brasileiro mais famoso das copas, o gaúcho de bigode que sempre aparece segurando a taça nas copas do mundo. Foto do por do sol no Soweto, de dentro do soccer city, etc. Vou subir ainda 2 vídeos do que eu consegui filmar, enquanto eu não bilheto minha Nikon. ;o)
E a guerra foi essa, metemos 3 e levamos 1, mas que venha Portugal agora. Dá-lhe Brasiiiiiiiiiiiiiiillllllllllll!
Já bate a saudade..
Waka-waka e-e
Digs..